sábado, outubro 31, 2009

Orar no Espírito

Certamente quando São Paulo ordena que oremos no Espírito, não deixa por isso de exortar-nos a que sejamos diligentes e cuidadosos (1 Co 14:15; Ef 6:18), ou seja, que o Espírito Santo de tal maneira exercita a sua potência quando nos incita a orar, que não impede nem detem a nossa diligência; o motivo é que Deus quer experimentar com quanta força a fé excita os nossos corações.

Extraído de Juan Calvino, Institución de la Religión Cristiana, III.20.5, pág. 669

sábado, setembro 05, 2009

O que é oração?

Oração consiste no invocar o verdadeiro Deus, e o ascendente reconhecimento e percepção das nossas necessidades, e de um desejo da porção da abundância divina, com verdadeira conversão no coração e confiança na promessa da graça para a exaltação de Cristo, o mediador, buscando nas mãos de Deus tais bençãos temporais e espirituais por nós; ou em ações de graças a Deus pelos seus benefícios recebidos.

Extraído de Zacharias Ursinus, Commentary on the Heidelberg Catechism, pág. 618

sexta-feira, setembro 04, 2009

A relação regeneração, fé e arrependimento

Regeneração é um dom de Deus, resultado do Espírito Santo. Ela é conduzida através dos meios da Palavra e os resultados do chamado. A resposta ao chamado leva a duas atividades que descrevemos como fé e arrependimento. A regeneração é um conceito que vigorosamente enfatiza a natureza da nova vida como um dom. O homem possuí um papel passivo nela. Todavia, ele não permanece assim. Fé e arrependimento manifestam-se em sua nova vida. Não há arrependimento sem regeneração. Nem existe regeneração que não manifeste-se em arrependimento.

Extraído de J. van Genderen & W.H. Velema, Concise Reformed Dogmatics, pág. 600

Quem é o Espírito Santo?

Pergunta 39: O que você crê acerca do Espírito Santo?
Resposta: Que o Espírito Santo é a terceira Pessoa da Divindade, que procede do Pai e do Filho, e é coeterno e consubstancial com ambos; e, que Ele foi enviado ao meu coração e a todos aqueles que escolheu santificar, opera em nós a verdadeira fé e conversão a Deus, permanecendo conosco para sempre, e fazendo-nos participantes em Cristo de todos os seus benefícios.

Extraído de Zacharias Ursinus, The Smaller Catechism in: Lyle D. Bierma, An Introduction to the Heidelberg Catechism, p. 147

A necessidade da oração

Pergunta 96: Por que a oração é necessária para os cristãos?
Resposta: Primeiro, porque ela é a mais importante parte de nossa gratidão a Deus, sem a qual a verdadeira fé não pode existir. Segundo, porque Deus não garante dar o Espírito Santo, a eterna salvação e todas aquelas coisas que beneficiam-na para aqueles que desprezam ou não reconhecem os seus dons, mas somente àqueles que oram sincera e incessantemente e glorificam-no por estes dons.

Extraído de Zacharias Ursinus, The Smaller Catechism in: Lyle D. Bierma, An Introduction to the Heidelberg Catechism, p. 159

sexta-feira, agosto 28, 2009

Breve biografia de Wilhelmus à Brakel

Wilhelmus à Brakel[1] (um contemporâneo de eminentes teólogos da Segunda Reforma Holandesa, tais como Witsius, Voetius, Van Lodenstein, Koelman e Hellenbroek) nasceu em 2 de Janeiro de 1635, em Leeuwarden, nos Países Baixos. Ele foi o único filho de Dirck Gerrits van Brakel, posteriormente conhecido como Theodorus à Brakel.

Wilhelmus teve o inestimável privilégio de ser educado por dois pais mui piedosos, que foram gratos ao testemunhar que o seu filho temeu ao Senhor desde o início de seus dias. O seu pai foi um renomado ministro na província de Friesland, e um homem de extraordinária piedade. Os seus pais lutaram em oração para que o seu filho pudesse ser usado pelo Senhor como um poderoso instrumento em Seu serviço. E agradou ao Senhor responder as suas orações além da expectativa.[2]

à Brakel estudou teologia em Franeker e em Utrecht, e foi particularmente influenciado por seu mentor, Gisbertus Voetius. Com a idade de vinte e quatro anos ele foi ordenado um ministro do evangelho. Os seus sermões eram Cristocêntricos, ricos em conteúdo evangélico, experimentais e direcionados àqueles que estavam presentes.

à Brakel serviu quatro congregações em sua província nativa da Friesland: Exmorra (1662-1665), Stavoren (1665-1670), Harlingen (1670-1673) e em sua terra natal, a capital da Friesland, Leeuwarden (1673-1683). O jovem ministro começou o seu ministério em Exmorra - uma díficil congregação - com grande zelo. Um contemporâneo disse-lhe que ele deveria sepultar a si do mesmo modo como estava aquele vilarejo. O seu diligente esforço em Friesland foi ricamente abençoado pelo Senhor. O Espírito Santo evidenciou fluir a Si mesmo pela fiel pregação do evangelho do Senhor Jesus Cristo.

Todavia, o seu período em Friesland provou ser uma preparação para uma tarefa ainda maior que o Senhor tinha preparado para ele em Rotterdam - o seu final e mais longo pastorado (1683-1711). Durante este pastorado ele envolveu-se numa longa e frutífera batalha contra os Labadistas, empenhando-se por uma igreja pura aqui sobre a terra, corajosamente resistindo a tentativa do governo de intrometer-se nos negócios da igreja, e escreveu a sua magnum opus The Christians Reasonable Service - o maduro fruto de seu labor ministerial.

Após um frutífero ministério de quarenta e nove anos, agradou o Senhor receber o seu eminente teólogo - afetuosamente referido pelos piedosos como "o Pai Brakel" - tomando-o para Si em 1711, com a idade de setenta e seis anos, para receber a recompensa de um servo fiel.

Notas:
[1] Nota do tradutor: Embora também seja um resumo, a biografia de à Brakel pode ser lida em Joel R. Beek & Randall J. Pederson, MEET the PURITANS (Reformation Heritage Books, 2006), págs. 745-752.
[2] Nota do tradutor: A providência de Deus o preparou para servir no ministério pastoral. Sabe-se que ele "nasceu em 2 de Janeiro de 1635, em Leeuwarden, sendo único filho de Margaretha Homma e Theodorus à Brakel, um pastor reformado de extraordinária piedade que tornou-se conhecido por seu De Trappen des Geestelycken Levens [Os Passos da Graça na Vida Espiritual]. Wilhelmus e suas cinco irmãs foram educados num lar caracterizado pelo temor de Deus. Wilhelmus foi convertido ainda garoto, provavelmente sob a pregação de seu pai e as orações e exortações de sua mãe. Ele freqüentou a Escola de Latim em Leeuwarden, e então entrou na Academia de Franeker com a idade de dezenove anos, em 1654. Ao completar os seus estudos em 1659, o presbitério de Leeuwarden o admitiu no ministério pastoral. Devido a necessidade de vagas naquele período, à Brakel continuou o seu treinamento teológico por mais alguns anos em Utrecht sob a orientação de Gisbertus Voetius e Andreas Essenius" in: J.R. Beek & R.J. Pederson, MEET the PURITANS, pág. 745.

Extraído de Wilhelmus à Brakel, The Christian's Reasonable Service, vol. 1, nota da sobrecapa.

A oração do Espírito

[Rm 8:26] isto significa que Ele [Espírito Santo] garante a disposição e desejos, concede as palavras na boca, segue adiante delas, e causa-as para orar depois delas.

Extraído de Wilhelmus à Brakel, The Christian’s Reasonable Service, vol. 3, p. 452

quinta-feira, agosto 27, 2009

O pecado percebido pela eternidade

É necessário que vejamos o pecado tal como o veremos no dia do juízo. Nesse dia todos verão a verdadeira face do pecado. Quando todas as nações estiverem reunidas ante o Grande Juiz do universo, então, apreciarão a pecaminosidade do pecado. Nesse momento o pecado será desmascarado e despojado de sua atrativa vestimenta; aparecerá mais sujo e mais vil que o próprio Inferno. O que antes parecia formoso e atraente, se manifestará feio e repugnante. A Bíblia descreve o pecado comparando-o com várias coisas: o vômito do cachorro, a ferida inflamada, a lepra, o esterco, a espuma do mar, etc. Também compara os pecadores com os porcos que revolvem-se na lama, bestas feras, animais irracionais (cabras, cães, bois), as inconstantes ondas do mar, estrelas errantes, árvores desarraigadas, etc. Por isso, é necessário pensar no pecado tal como o veremos no dia da morte. A consciência pode estar adormecida por um longo tempo, mas no dia da morte e do juízo ela se despertará e nos mostrará o dano e a amargura do pecado. Então devemos aprender a ver o pecado não como ele é apresentado pelo Diabo, mas como o veremos na eternidade.

Extraído de Thomas Brooks, Remedios Preciosos Contra las Artimañas del Diablo, pág. 10

quarta-feira, agosto 26, 2009

O que é justificação?

Justificação é o livre ato de Deus, pelo qual o eleito, para a glória da plena satisfação de Cristo, é absolvido do pecado e declarado justo, herda a vida eterna.

Extraído de Johannes Wollebius, Compendium Theologiae Christianae in: John W. Beardslee III, org., Reformed Dogmatics, pág. 164

quinta-feira, julho 02, 2009

John Owen e a finalidade da oração

A principal finalidade da oração é estimular e despertar o princípio da graça, da fé e do amor no coração devido aos santos pensamentos de Deus. Aqueles que não têm este propósito na oração, realmente não sabem o que é orar. Uma constante assistência sobre este dever preservará a alma de uma estrutura onde o pecado não pode habitualmente prevalecer nela.

Extraído de Roderick MacLeod, The Puritans on Prayer. Extraído de www.fpchurch.org.uk/magazines/fpm/2002/May/article6.php acessado em 30/08/2008.

quarta-feira, julho 01, 2009

Heidelberg e os Meios de Graça

O Espírito Santo ordinariamente produz fé (conforme temos falado) em nós pelo ministério eclesiástico, que consiste de duas partes, a palavra e os sacramentos. O Espírito Santo opera a fé em nossos corações pela pregação do evangelho; e, cuida, confirma e sela-a pelo uso dos sacramentos.

Zacharias Ursinus, The Commentary of Dr. Zacharias Ursinus, p. 340

quinta-feira, abril 30, 2009

Quem é o calvinista?

O calvinista é o homem que vê Deus por trás de todo fenômeno, e, em tudo o que sucede, reconhece a mão de Deus operando a sua vontade; o calvinista, em todas as atividades de sua vida adota uma atitude permenente de oração; o calvinista se entrega completamente à graça de Deus e, exclui qualquer traço de autosuficiência em toda a obra da salvação.

Extraído de B.B. Warfield, Calvin as a Theologian and Calvinism Today, p. 24

sábado, outubro 18, 2008

Evangelicalismo enfermo

O que uma vez foi falado das igrejas liberais precisa ser dito das igrejas evangélicas: elas buscam a sabedoria do mundo, creêm na teologia do mundo, seguem a agenda do mundo, e adotam os métodos do mundo. De acordo com os padrões da sabedoria mundana, a Bíblia torna-se incapaz de alimentar as exigências da vida nestes tempos pós-modernos. Por si mesma, a Palavra de Deus seria insuficiente de alcançar pessoas para Cristo, promover crescimento espiritual, prover um guia prático, ou transformar a sociedade. Deste modo, igrejas acrescentam ao simples ensino da Escritura algum tipo de entretenimento, grupo de terapia, ativismo político, sinais e maravilhas - ou, qualquer promessa apelando aos consumidores religiosos. De acordo com a teologia do mundo, pecado é meramente uma disfunção e salvação significa desfrutar de uma melhor auto-estima. Quando esta teologia adentra a igreja, ela coloca dificuldades em doutrinas essenciais como a propiciação da ira de Deus substituindo-a com técnicas e práticas de auto-aceitação. A agenda do mundo é a felicidade pessoal, assim, o evangelho é apresentado como um plano para a realização pessoal, em vez de ser a caminhada de um comprometido discipulado. Para terminar, vemos que os métodos do mundo nesta agenda egocêntrica é necessariamente pragmática, sendo que as igrejas evangélicas estão se esforçando a todo custo em refletir o modo como elas operam. Este mundanismo tem produzido o "novo pragmatismo" evangélico.


Extraído de James M. Boice & Philip G. Ryken, The Doctrines of Grace, pp. 20-21

sexta-feira, setembro 12, 2008

Meios de graça são meios de fé

"é verdade que o Catecismo [Heidelberg] realmente fala da pregação da Palavra e dos sacramentos como um meio de fé, antes do que um meio de graça; mas, desde que fé é um elo da união com Cristo, e é por esta razão, é que pela fé que recebemos todas as bênçãos da graça, é por isto que ela sempre é usada nesta relação: meio de graça."

Extraído de Herman Hoeksema, The Triple Knowledge – An Exposition of the Heidelberg Catechism, vol. 2, pp. 392-393

sexta-feira, agosto 29, 2008

A necessidade da Palavra para a salvação

Deus pode e concede convenientemente os seus benefícios salvadores aos homens pela Palavra somente, os sacramentos se tornam obrigatórios apenas na perspectiva do preceito divino, e o seu uso sendo negligenciado resulta em desnutrição espiritual do mesmo modo que a desobediência acarreta em destrutivos efeitos sobre a alma.

Extraído de Robert L. Reymond, A New Systematic Theology of the Christian Faith, p. 913

quinta-feira, agosto 21, 2008

A teologia como adoração

O propósito da teologia é a adoração a Deus. A postura da teologia é sobre os joelhos. O modo da teologia é o arrependimento.

Extraído de James M. Boice & Philip G. Ryken, The Doctrines of Grace, pág. 179

O que é o coração?

O coração representa o centro unificador de toda a existência do homem, o ponto de convergência espiritual de todo o nosso ser, o aspecto interior reflexivo que estabelece a direção para todas as relações da nossa vida. É a fonte de todos os nossos desejos, pensamentos, sentimentos, das nossas ações e qualquer outra expressão de vida. É a fonte principal de onde flui todo o movimento do intelecto do homem, de suas emoções e de sua vontade, bem como de todas as outras "faculdades", ou modo de nossa existência. Em resumo, o coração é o mini-eu. Aquele que tem o meu coração, também tem a mim, e tem totalmente.

Extraído de Gordon J. Spykman, Teologia Reformacional - un nuevo paradigma para hacer la Dogmatica, pág. 242

domingo, julho 20, 2008

O princípio da tolerância

Pertenço ao que, às vezes, é chamado de grupo estrito, a Igreja Presbiteriana, mas ela é um grupo que sempre foi dedicada aos princípios de liberdade; e, eu não sou diferente da maioria dos meus concidadãos – no meu entendimento, tolerância significa não somente tolerância para aquilo que aceito, mas ela subentende também tolerância para aquilo que sou violentamente opositor.

Extraído de J.Gresham Machen, Education Christianity and the State, pág. 121

sexta-feira, julho 04, 2008

Como foi possível?

Como foi possível para a criatura que foi criada à própria imagem de Deus, com o entendimento permeado com o verdadeiro conhecimento de Deus, com o coração e vontade adornada com a justiça, todas as afeições estavam adornadas com pureza, e todo o seu ser era santo - como foi possível, que uma criatura assim rebelasse?

Extraído de Homer Hoeksema, The Voice of Our Fathers, pág. 437

sexta-feira, junho 20, 2008

Por amor de si mesmo

Deus não é retratado na Escritura como perdoando o pecado porque Ele realmente se importe com o pecado. Nem porque Ele seja tão exclusivo ou predominantemente o Deus de amor, como se os outros atributos diminuissem pelo desuso na presença de Sua infinita bondade. Pelo contrário, Ele é retratado como libertando o pecador de sua culpa e corrupção porque Ele se compadece das criaturas da sua mão, envoltas em pecado, com uma intensidade que nasce da veemência da sua santa ira contra o pecado e sua justa determinação de visitá-lo com uma intolerante retribuição; de modo que conduz por uma completa satisfação pela a sua infinita justiça e santidade, como pelo seu ilimitado amor por Si mesmo.

Extraído de B.B. Warfield, "God" in: Works of B.B. Warfield, vol.9, pág. 112

Respondendo ao oponente

Quanto ao seu oponente, eu desejo que, antes mesmo que você coloque a sua pena sobre o papel contra ele, e durante todo o tempo em que estiver preparando a sua resposta, possa você entregá-la, por meio de sincera oração, ao ensino e à benção do Senhor. Esta prática terá uma tendência direta de levar o seu coração e amá-lo, bem como de ter compaixão dele. Tal disposição terá uma boa influência sobre cada página que você escrever.

Extraído de John Newton, "On Controversy" in: Works of John Newton, vol. 1, págs. 268-269

terça-feira, junho 17, 2008

O que foi o Puritanismo inglês?

O Puritanismo inglês foi essencialmente um movimento teológico enfatizando a teologia pactual, predestinação e uma liturgia na igreja reformada? Ou, foi o cerne de assuntos políticos afirmando os inalienáveis direitos de consciência diante de Deus, o governo da lei natural acima dos tribunais que reinvindicavam arbitraridade, a dependência do rei do parlamento, a fundação da autoridade estatal em pessoas? Algumas pesquisas modernas apontam para uma terceira possibilidade, que a essência do Puritanismo foi a sua piedade, uma ênfase na conversão e numa sincera religião.

Extraído de Richard M. Hawkes, "The Logic of Assurance in English Puritan Theology" in: Westminster Theological Journal, 52 [1990], pág. 247

quinta-feira, abril 03, 2008

A necessidade do teísmo

A crença numa base racional para o universo somente pode firmar-se por meio de um retorno ao teísmo. Um teísmo vivo somente pode ser digno de crédito mediante a crença em Deus como um Ser que se revela; a crença na Revelação conduz historicamente ao reconhecimento de Cristo como instrumento mais elevado da auto-revelação de Deus para a humanidade. A crença em Cristo como o Revelador somente pode estabelecer-se mediante a crença em sua divindade.

Extraído de James Orr, Concepción Cristiana de Dios y el Mundo, pág. 83

quarta-feira, dezembro 19, 2007

O miraculoso ministério de Cristo

Quando o nosso Senhor veio à terra trouxe o céu consigo. Os sinais que acompanharam o Seu ministério nada mais eram do que a nuvem de glória que Ele conduziu do céu, que é o Seu lar. O número dos milagres que Ele realizou poderiam facilmente serem depreciados. De fato, pode-se dizer que Ele baniu a enfermidade e a morte da Palestina durante os três anos do Seu ministério. Se isto é um exagero, ele é um perdoável exagero.

Extraído de Benjamin B. Warfield, Counterfeit Miracles, pág. 3

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Pressuposição revelacional

Objetar ao cristão que a sua vida e a sua concepção da realidade se fundamentam em pressuposições de crença, supõe falta de rigor argumentativo: também os incrédulos, em todos os seus raciocínios partem de pressuposições de crenças. A diferença está na origem e na natureza destas pressuposições. As do cristão se fundamentam na informação e conteúdo da Revelação Divina, ou seja, na Bíblia; enquanto que para o incrédulo as pressuposições sobre as que edifica as suas elaborações e construções descansam em alguns pontos de partida que ele mesmo estabeleceu e aos que herdou - como resultado de uma fé humanística - como validade última. A questão, assim sendo, não é se um tem e outros não possuem pressuposições de crença, já que tanto crentes como incédulos as têm, mas o que é importante e decisivo saber qual é a origem destas pressuposições e que tipo de pressuposições de crença é capaz de elaborar uma resposta verdadeira aos enigmas e questões da realidade. Para o cristão a origem de suas pressuposições de crença é o próprio Deus - o Deus que fala e se revela -; e, no pressuposicionalismo bíblico fundamentado na revelação o cristão encontra a única e genuína resposta válida para todas as questões transcedentais sobre o seu próprio ser e acerca do mundo.

Extraído de David Estrada, La Biblia: el libro prohibido?, pág. 34-35

sexta-feira, novembro 23, 2007

Devemos nos arrepender do pecado de Adão?

O cristão, de fato, lastimará a culpa do primeiro pecado de Adão, mas não se arrependerá dele. Todavia, da corrupção da natureza, da concupisciência e dos desejos desordenados do nosso coração é nosso dever arrependermos, sentirmos vergonha por eles, entristecermos e indispormos contra eles, assim como de toda transgressão atual; por que isto é culpa somente nossa, (imputada), mas também o nosso próprio pecado.

Extraído de Robert L. Dabney, Lectures on Systematic Theology, pág. 654

quarta-feira, novembro 14, 2007

A necessidade na providência de Deus

Dentro da providência de Deus há operações de necessidade lógica por meio de implicações lógicas, e existem operações de necessidade mecânica por causalidade física. Estes fatos não são contraditórios com a providência de Deus que se estende-se a cada detalhe. O que é necessário lógica ou mecanicamente também o é dentro dos decretos e da providência de Deus.

Extraído de J.Oliver Buswell, A Systematic Theology of the Christian Religion, págs. 171-172

quarta-feira, novembro 07, 2007

Santificação progressiva

Santificação é definida como a obra do Espírito Santo em que somos renovados todo o homem à imagem de Deus, e somos capacitados mais e mais morrer para o pecado e viver a justiça. Tão breve como enfático, pode-se dizer que ela é uma progressiva conformidade de todo o ser humano à natureza Divina.

Octavius Winslow, The Work of the Holy Spirit, pág. 112

sábado, outubro 27, 2007

Teologia como um ato de adoração

A religião, o temor de Deus, precisa antes de tudo ser o elemento que inspira e motiva toda a investigação teológica. Ela necessita ser o pulso desta ciência. Um teólogo é uma pessoa que audaciosamente discursa acerca de Deus, porque ele fala por Deus e para Deus. Professar a teologia é realizar uma santa atividade. Ela é uma ministração sacerdotal na casa do Senhor. Ela é em si mesma um serviço de adoração, uma consagração da mente e do coração em honra ao Seu nome.

Extraído de Herman Bavink, The Doctrina of God, posfácio.

quarta-feira, outubro 24, 2007

A ressurreição e o Pentecostes

A ressurreição não é somente o selo de aprovação de Deus sobre o passado, mas, também é o firme fundamento de tudo o que ocorreu depois, começando explosivamente com o Pentecostes.

Extraído de Gordon J. Spykman, Teologia Reformacional, pág. 463