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quarta-feira, março 07, 2007

Princípio fundamental do Calvinismo

A exata formulação do princípio fundamental do Calvinismo está estabelecida numa longa série de pensadores nos últimos séculos (...). Talvez, a sua simples declaração expresse melhor: que o Calvinismo repousa sobre uma profunda apreensão de Deus em Sua majestade, com a inevitável e estimulante realização da exata natureza da relação que Ele sustenta na criação como ela é, e em particular, na criatura pecadora. Aquele que crê em Deus sem reservas, está determinado a deixar que Deus seja Deus em todos os seus pensamentos, sentimentos e volições - em inteiro compasso das suas atividades vitais, intelectuais, morais e espirituais, através de suas relações pessoais, sociais e religiosas - e, pela força da mais rigorosa de toda a lógica que preside sobre a produção dos princípios no pensamento e vida, pela necessidade do caso, é um Calvinista. Por Calvinismo, assim, obejtivamente falando, o Teísmo encontra a sua prerrogativa; subjetivamente falando, a relação religiosa alcança a sua pureza; soteriologicamente falando, a religião evangélica encontra prolongada a sua expressão e a sua segura estabilidade. O Teísmo encontra a sua prerrogativa somente numa concepção teleológica do universo, que percebe no completo curso dos eventos a realização ordenada do plano de Deus, que é o seu autor, preservador e governador de todas as coisas, e que será conseqüentemente a causa última de tudo. A relação religiosa alcança a sua pureza apenas quando uma atitude de absoluta dependência de Deus não é meramente assumida temporariamente no ato, ou seja, da oração, mas é mantida através de todas as atividades da vida intelectual, emocional e demais atitudes. E a religião evangélica recebe estabilidade somente quando a alma pecadora descansa em humildade, se auto-esvaziando verdadeiramente com pureza sobre o Deus da graça como o imediato e único recurso de toda eficácia que conduz à sua salvação. E estas coisas são princípios formativos do Calvinismo.

Extraído de B.B. Warfield, Calvin and Calvinism in: Works, vol. 5, pp. 354-355.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

A mensagem básica das Escrituras

A mensagem básica da Bíblia também provê evidência para convencer-nos de que os autores escreveram não os próprios pensamentos, mas os pensamentos de Deus. Qual é a mensagem central da Bíblia? Ela é a narração da completa ruína em pecado, da sua incapacidade de se salvar, e do poder de Deus em salvá-lo apenas pela graça. Esta é uma humilhante mensagem que a mente humana naturalmente não poderia pensar. Quando entregue a si mesmo, o homem sempre inventou outra espécie de religião. Todas as religiões de origem humana ensinam que o homem não é completamente pecaminoso que ele pode, de algum modo, salvar a si mesmo. A Bíblia ensina que o homem está morto em pecado, incapaz de salvar a si mesmo, e que somente pode ser salvo pela graça de Deus. Isto é contrário ao orgulhoso pensamento do homem natural. Não admitimos naturalmente a nossa humilhação, as falhas e incapacidade. Ao ensinar acerca do nosso pecado e necessidade de salvação, está evidenciado que os autores da Bíblia não estavam sob o controle de seus próprios espíritos, mas sob o Espírito Santo de Deus (2 Pedro 1:21).

Extraído de Calvin Knox Cummings, Confessing Christ, p. 15.

terça-feira, novembro 21, 2006

Santidade progressiva

Apesar de seu estado de santificado, o cristão verdadeiro ainda não alcançou uma condição completamente santificada. Deverá continuar esforçando-se pela santidade e piedade (Hb 12:14). O crescimento na santidade virá após a regeneração (Ef 1:4; Fp 3:12). Paulo ora para que os tessalonicenses sejam completamente santificados, como algo que ainda está por realizar-se.

Querido crente, a santificação é algo que você tem em Cristo, diante de Deus, pelo qual deve se esforçar com o poder de Deus. O seu estado de santidade foi outorgado; mas, a sua condição de santidade deve ser alcançada. Por meio de Cristo você é santificado em sua condição diante de Deus, e por meio de Cristo está chamado a refletir esta condição sendo santo em sua vida diária. Pela graça foi chamado para ser na vida real o que já é por princípio.

Extraído Joel R. Beeke, La Santidad, p. 11

quarta-feira, outubro 04, 2006

O poder transformador das Escrituras

Elas têm mudado seus corações. Alguns por lerem as Escrituras têm se tornado outras pessoas; tem sido feitos santos e graciosos. Por lerem outros livros o coração é inflamado, mas por lerem as escrituras ele é transformado. 2. Co. 3:3. “Estando já manifestos como cartas de Cristo, produzida pelo vosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente”. A Palavra foi escrita dentro de seus corações, e elas são provenientes da carta de Cristo, de tal modo que outros podem ler Cristo neles. Se você colocar um selo sobre a escultura, e colocar um carimbo nele, haverá uma notável virtude neste selo; então quando o selo da Palavra tem um carimbo da graça celestial, há necessidade de haver um poder agindo com a Palavra, não menos que divino. Isto conforta seus corações. Quantos cristãos têm passado por rios de lágrimas, a Palavra tem gotejado como mel, e docemente revive-os. O principal conforto do cristão é extrair as fontes de salvação. Rm. 15:4. “é pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”. Quando a pobre alma está pronta para a morte, não há nada para confortá-la senão o estímulo das Escrituras. Quando está doente a Palavra revitaliza-o 2 Co.4:17. “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória”. Quando está deserta a Palavra pinga-nos o óleo dourado da alegria. Lm. 3:31. “O Senhor não rejeitará para sempre”. Ele modifica sua providência, não seu propósito; ele tem os olhos de um inimigo, mas o coração de um pai. Assim a Palavra tem o poder de confortar o coração. Sl.119:50 “O que me consola na minha angústia é isto, que a tua Palavra me vivifica”. Como vida é transmitida pelas artérias do corpo, assim os confortos divinos são transmitidos através das promessas da Palavra. Agora as Escrituras tem esta alegria, o poder de confortar o coração deles, mostra claramente que eles são de Deus, e que foi ele que colocou o leite da consolação em seus seios.

Extraído de Thomas Watson, A Body of Divinity, p. 29.

sábado, setembro 30, 2006

Perseverança final

De fato, vemos que sob o Papado uma diabólica opinião prevalece, que somos obrigados a duvidar de nossa perseverança final, pois somos incertos de que se poderemos estar amanhã em algum estado de graça. Mas, Pedro não nos conduz em suspense, pois ele testifica que somos mantidos pelo poder de Deus, a fim de que nenhuma dúvida surja de uma consciência de nossa própria fraqueza, que pudesse inquietar-nos. Por mais fracos que possamos ser, nossa salvação não é incerta, pois ela é sustentada pelo poder de Deus. Assim, somos iniciados pela fé, e a própria fé recebe a sua estabilidade do poder de Deus. Conseqüentemente é sua segurança, não apenas para o presente, mas também para o futuro.

Extraído de John Calvin, in loci, The Works of John Calvin.in: Ages Digital Library

segunda-feira, setembro 18, 2006

Evidência do Batismo com o Espírito?

O conceito de que um dom particular (por exemplo, línguas) é (quase) o invariável acompanhamento que serve para evidenciar o Batismo com o Espírito, (geralmente) como uma experiência após a conversão, não encontra real apoio no Novo Testamento e de fato, concorre contra o seu ensino sobre batismo (dom) do Espírito Santo. Nenhum dom pode reivindicar uma posição de "privilégio", ou ter o seu lugar na vida da igreja mantendo como se fosse um componente de uma "segunda benção", ou uma teologia do batismo do Espírito.

Extraído de Richard B. Gaffin, Jr., Perspectives on Pentecost, p. 50

Tentando amaldiçoar a Deus

Todo pecado é uma espécie de amaldiçoar a Deus no coração. O homem tenta destruir e banir Deus do coração, não realmente, mas virtualmente; não na intenção consciente de cada pecador, mas na natureza de cada pecado.

Extraído de Stephen Charnock, The Existence and the Attributes of God, vol. 1, p. 93

sexta-feira, setembro 15, 2006

O testemunho do Espírito

O testemunho do Espírito pode ser definido como uma clara certeza e vivificadora influência do Espírito Santo, iluminando os efeitos e evidências da regeneração conforme eles aparecem no exercício daquelas graças num cristão, de modo a fazê-los esclarecidos e seguros na consciência.

Extraído de C.R. Vaughan, The Gifts of the Holy Spirit, p. 293.

quarta-feira, setembro 06, 2006

A livre graça de Deus

Deus não foi induzido a dar a sua graça ao pecador, em primeira instância por haver visto algo meritório, ou atrativo no pecador que se arrepende; portanto, a subsequente ausência de todo bem no pecador não pode ser um motivo novo para que Deus retire dele a sua graça. Quando Deus conferiu a sua graça ao pecador, ele sabia perfeitamente que o pecador era totalmente depravado e odiável; portanto, nem a ingratidão, nem a infidelidade por parte do pecador convertido pode ser motivo que induza a Deus de mudar de opinião, ou seja, para retirar sua graça. Deus disciplinará tal ingratidão e infidelidade retirando temporariamente o seu Espírito, ou suas misericórdias providenciais; mas se o seu propósito desde o princípio não fosse de suportar tais pecados e perdoá-los em Cristo, ele não teria sequer chamado ao pecador. Em outras palavras, as causas pelas quais Deus determinou conferir o seu amor eletivo ao pecador se encontram totalmente Nele, e não no crente; consequentemente, nada no coração, ou na conduta do crente pode finalmente alterar esse propósito divino.

Extraído de R.L. Dabney, Lectures in Systematic Theology, p. 690-691

sexta-feira, agosto 25, 2006

A Trindade e a nossa redenção

A doutrina da Trindade é o único modo pelo qual as nossas mentes humanas podem conceber a aplicação da expiação que Cristo fez pelos nossos pecados. Seria difícil para nós, sem esta doutrina, conceber o fato de que uma Pessoa que é "infinita, eterna e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade", uma Pessoa que possuí todos os Seus essenciais atributos da Deidade, literalmente, tornando-se um membro de nossa raça na história; que uma Pessoa apresentou para a nossa raça humana o amor de Deus numa vida terrena; e que nós, a raça humana, pregamos-Lhe na cruz, pendurando-O ali, e ainda zombamos e ridicularizamos dEle; que literalmente, Ele tomou os nossos pecados no Seu corpo sobre o madeiro, que perdoava enquanto morria, onde merecíamos ser lançados para a punição eterna; literalmente, Ele foi ao lugar da morte, enquanto o Seu corpo desceu ao sepulcro; que, literalmente, Ele levantou da morte em Seu corpo ressurrecto, e que semelhantemente nós seremos em nossa ressurreição; Ele ascendeu para uma "terra distante a fim de receber o seu reino", e que Ele "retornará" (Lc19:12), e reinará em Seu reino - seria impossível para as nossas mentes compreender todos estes fatos, centralizados na obra expiatória de Cristo, exceto se o entendermos nos termos da Divina Trindade. "Pois, Deus [o Pai] amou o mundo de tal maneira que deu o Seu único Filho [a Segunda Pessoa da Trindade] para que todo aquele que nEle crê [através da convicção e capacitação do Espírito Santo, Jo 16:8; Ef 2:8] não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3:16).

Extraído de J. Oliver Buswell, Jr., A Systematic Theology of the Christian Religion, vol. I, p. 128

quarta-feira, agosto 23, 2006

A nossa morada eterna

A nossa última e eterna morada não será o lugar onde os cristãos que estão mortos vivem atualmente com Cristo. A cidade dos santos, a Nova Jerusalém, a santa cidade cheia de rios e jardins, a cidade sem templo, porque ela toda é um templo; essa cidade é a que o apóstolo João descreve em Apocalipse 21:2. Ele disse que viu "descer do céu, da parte de Deus, um novo céu e uma nova terra." É em nosso atual mundo purificado e glorificado que viveremos para sempre com Cristo e caminharemos na sempiterna luz da glória do Cordeiro.

Extraído de Angus MacLeod, El fin del Mundo, pp. 18-19

terça-feira, agosto 08, 2006

O verdadeiro arrependimento

O arrependimento não é mera tristeza pelo pecado, nem é um mero remorso. É uma tristeza divina que inclui um elemento de ódio pelo pecado e uma determinação em abandoná-lo e viver uma vida santa.

Extraído de D.Martyn Lloyd-Jones, Por qué lo permite Dios?, p. 17

segunda-feira, agosto 07, 2006

A tentação transformada em benção

A tentação opera para o bem [dos eleitos] ao reduzir o inchaço produzido pelo orgulho. "Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar" (2 Co 12:7). O espinho na carne tinha o objetivo de esvaziar o envaidecer do orgulho. É melhor a tentação que me humilha do que o dever que me ensoberbece. Antes de permitir que um cristão seja altivo, Deus lhe deixará cair nas mãos do diabo, por um tempo, para que se cure do seu abscesso.

Extraído de Thomas Watson, Consolación Divina, p. 37.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Uma obra completa

Os sentimentos do crente, vistos em Cristo, como se descrevem ao final deste capítulo (Rm 8:31-39), oferecem um notável contraste com o que se diz ao final do capítulo anterior, onde se vê o crente em suas próprias forças. Examinando-se como realmente é, um pecador, o crente exclama gemendo: "miserável homem que sou!" Mas, observando-se justificado em Cristo, o crente ousa perguntar: "quem me acusa?", "quem me condena?" A pessoa que ama a Deus pode desafiar todo o universo que lhe separe do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, seu Senhor. Apesar de que, no presente toda a criação geme e a um só tempo, geme dores de parto, apesar do próprio crente gemer dentro de si, apesar disto, todas as coisas cooperam para o bem. O Espírito Santo está intercedendo por ele, em seu próprio coração; Jesus Cristo está intercedendo por ele diante do trono de Deus; o Deus Pai lhe escolheu na eternidade, lhe chamou, lhe justificou e finalmente lhe coroou com glória. O apóstolo Paulo deu início a este capítulo declarando que não há condenação para os que estão em Cristo Jesus; e o que se conclui com a segurança triunfante de que não há separação possível entre o crente e o amor de Deus. A salvação do crente é completa em Cristo, e sua união com Ele é indissolúvel.

Extraído Robert Haldane, Exposition of the Epistle to the Romans, p. 438.

A segurança do crente

Aqui [Rm 8:1-39] se vê que a salvação daqueles que renunciaram a lei, e aceitaram a misericordiosa oferta do Evangelho, é absolutamente certa. Todo o capítulo é uma série de argumentos maravilhosamente estabelecidos para provar esta segurança. Cada um deles está traçado e dirigido para uma fonte de esperança e segurança, o imerecido e imutável amor de Deus em Cristo Jesus. A declaração está contida no primeiro versículo: "agora, pois, não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus." Estes nunca serão condenados, nem perecerão.

Extraído Charles Hodge, Commentary on the Romans, p. 247.